Geral

13

Gosto de escrever acerca das coisas. Das sensações. Dos sentimentos. Das emoções. Mas gosto de escrever sobre tudo isso ao retardador. Quando ainda estou com a alma a emanar calor. 

Calor. Um aconchego imenso. Foi exactamente o que senti quando cheguei a Fátima, no passado dia 13 de Maio. Foi uma decisão repentina. Tomada de véspera, pouco antes da meia-noite. Estávamos nós em casa a assistir à procissão das velas. Porque não? Porque não vamos lá amanhã? Tinha (e tenho) tanto a pedir a este Papa-Divino. Porque não ir a Fátima, em modo peregrino? Nessa noite dormimos 3 horas. Entre a exaltação, o nervosismo e a emoção. Uma decisão tomada à última da hora pode correr mal. E nós não queríamos ler esse mau sinal. Mas fomos. Fomos sem saber o que ia acontecer. Levámos connosco o Sebastião [mais uma razão para o medo da multidão]. Mesmo assim, algo em mim dizia para ir. Para pegar nas minhas tralhas e partir. Assim fiz. Foi uma espécie de promessa com amparo. Queria muito viver todo aquele ambiente sagrado.

Não consigo explicar por palavras o que senti quando chegámos àquele lugar especial. As pessoas. O local. A música de fundo. Tudo me parecia celestial. Lavei a alma. Renovei o coração. Perdoei os meus próprios pecados. Aprendi uma nova sensação: a Fé em mim. Na minha Família. Nos meus amigos. Nas pessoas que me querem bem. De lá saí grata por tudo o que sou. Pelo que tenho. Pelo Amor que dou. 

Ainda. Não consigo explicar a revolução de sentimentos que passou por mim. E que rebelião. Foi mais do que Fé. Foi devoção. Lá está: gratidão. Vi pessoas de todas as idades e gerações. Vi crentes. Vi indecisos. Vi (des)crentes (mas que foram à procura de se encontrar). Vi escuteiros. Vi errantes. Vi aventureiros. Vi caminhantes. Ouvi terços. Ouvi meditações. Ouvi súplicas. Ouvi corações. 

E depois, o Papa, no meio de toda aquela multidão. Tão longe, mas tão perto daquele milhão. Não consigo explicar aquele turbilhão. Aquele devastador turbilhão de emoções que por mim passou. E que por aqui ficou. Um Papa-Divino com uma luz invisível que nos iluminou o coração. Uma luz brilhante, verdadeira, cintilante, que só se vê bem com a alma. E com devoção. Revivo a sua despedida na minha memória. Revejo-a em câmara lenta, como se fosse uma história. Vi choros. Vi acenos. Vi lenços brancos. Vi (desa)sossegos. Vi flores. Vi velas. Ouvi vivas. Vi vidas. Vi vidas vividas. Vi vidas por viver. Vi vidas a sofrer. Mas vi vidas a agradecer. Como eu. Lá está: a gratidão.

Sim, é o que estão a pensar: foi uma experiência que mudou a minha vida. Perante mim. Perante os outros. Perante a capacidade de exercer o Perdão [sabiam que isso também se exercita?] O meu espírito rejuvenesceu. De lá veio mais são.

Obrigada Papa Francisco, por nos ter tocado no coração (da maneira mais terna que existe).

(…)

E depois aquela noite mágica do dia 13. Venceu o improvável, o diferente, o impensável. Venceu aquele que remava contra a corrente. Aquele Salvador que não quis mover massas. Apenas corações. Aquele Salvador que com a sua voz de anjo e figura despreocupada, nos ofereceu, de mão beijada, novas emoções. Venceu a geração do sentimento. Do amor puro, que vem de cá de dentro. Venceu a geração que luta por aquilo que quer. Que não se interessa se é homem ou mulher. Interessa, isso sim, seguir um sonho. Amar aquilo que se faz. Não fazer sempre a vontade aos outros. Há-que correr a maratona e ir atrás. Eu sou fã deste Salvador e do precedente que abriu. Critique quem quiser, mas foi o mundo inteiro quem lhe sorriu. 

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Gosto de escrever acerca das coisas. Das sensações. Dos sentimentos. Das emoções. Mas gosto de escrever sobre tudo isso ao retardador. Quando ainda estou com a alma a emanar calor. 

Calor. Um aconchego imenso. Foi exactamente o que senti quando cheguei a Fátima, no passado dia 13 de Maio. Foi uma decisão repentina. Tomada de véspera, pouco antes da meia-noite. Estávamos nós em casa a assistir à procissão das velas. Porque não? Porque não vamos lá amanhã? Tinha (e tenho) tanto a pedir a este Papa-Divino. Porque não ir a Fátima, em modo peregrino? Nessa noite dormimos 3 horas. Entre a exaltação, o nervosismo e a emoção. Uma decisão tomada à última da hora pode correr mal. E nós não queríamos ler esse mau sinal. Mas fomos. Fomos sem saber o que ia acontecer. Levámos connosco o Sebastião [mais uma razão para o medo da multidão]. Mesmo assim, algo em mim dizia para ir. Para pegar nas minhas tralhas e partir. Assim fiz. Foi uma espécie de promessa com amparo. Queria muito viver todo aquele ambiente sagrado.

Não consigo explicar por palavras o que senti quando chegámos àquele lugar especial. As pessoas. O local. A música de fundo. Tudo me parecia celestial. Lavei a alma. Renovei o coração. Perdoei os meus próprios pecados. Aprendi uma nova sensação: a Fé em mim. Na minha Família. Nos meus amigos. Nas pessoas que me querem bem. De lá saí grata por tudo o que sou. Pelo que tenho. Pelo Amor que dou. 

Ainda. Não consigo explicar a revolução de sentimentos que passou por mim. E que rebelião. Foi mais do que Fé. Foi devoção. Lá está: gratidão. Vi pessoas de todas as idades e gerações. Vi crentes. Vi indecisos. Vi (des)crentes (mas que foram à procura de se encontrar). Vi escuteiros. Vi errantes. Vi aventureiros. Vi caminhantes. Ouvi terços. Ouvi meditações. Ouvi súplicas. Ouvi corações. 

E depois, o Papa, no meio de toda aquela multidão. Tão longe, mas tão perto daquele milhão. Não consigo explicar aquele turbilhão. Aquele devastador turbilhão de emoções que por mim passou. E que por aqui ficou. Um Papa-Divino com uma luz invisível que nos iluminou o coração. Uma luz brilhante, verdadeira, cintilante, que só se vê bem com a alma. E com devoção. Revivo a sua despedida na minha memória. Revejo-a em câmara lenta, como se fosse uma história. Vi choros. Vi acenos. Vi lenços brancos. Vi (desa)sossegos. Vi flores. Vi velas. Ouvi vivas. Vi vidas. Vi vidas vividas. Vi vidas por viver. Vi vidas a sofrer. Mas vi vidas a agradecer. Como eu. Lá está: a gratidão.

Sim, é o que estão a pensar: foi uma experiência que mudou a minha vida. Perante mim. Perante os outros. Perante a capacidade de exercer o Perdão [sabiam que isso também se exercita?] O meu espírito rejuvenesceu. De lá veio mais são.

Obrigada Papa Francisco, por nos ter tocado no coração (da maneira mais terna que existe).

(…)

E depois aquela noite mágica do dia 13. Venceu o improvável, o diferente, o impensável. Venceu aquele que remava contra a corrente. Aquele Salvador que não quis mover massas. Apenas corações. Aquele Salvador que com a sua voz de anjo e figura despreocupada, nos ofereceu, de mão beijada, novas emoções. Venceu a geração do sentimento. Do amor puro, que vem de cá de dentro. Venceu a geração que luta por aquilo que quer. Que não se interessa se é homem ou mulher. Interessa, isso sim, seguir um sonho. Amar aquilo que se faz. Não fazer sempre a vontade aos outros. Há-que correr a maratona e ir atrás. Eu sou fã deste Salvador e do precedente que abriu. Critique quem quiser, mas foi o mundo inteiro quem lhe sorriu. 

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