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A História do Benjamim que não queria ir à Escola.

Era uma vez o menino Benjamim. O Benjamim tinha 5 anos, era magrinho, tinha duas covinhas, e usava o cabelo à tigela (mas um pouco desordenado). O Benjamim era muito bonito, inteligente e organizado. Gostava de fazer desenhos, construções de legos, e adorava jardinar com os Pais e a mana mais velha, a Violeta. Mas o Benjamim não gostava de ir à escola. Não sabia bem porquê, mas a verdade é que, apesar de já ter 5 anos, chorava cada dia que passava. E chorava, chorava…Chorava para  acordar, chorava para o pequeno-almoço tomar, chorava para se vestir, chorava para à rua sair. Até chorava mais que a mana pequenina, a Amelinha. Ou porque a barriga lhe doía, ou porque estava a chover, ou porque simplesmente não queria, ou porque tinha medo de se perder…
Até que um dia, a Mãe desistiu. A Mãe desistiu de obrigar o filho a ir à escola. E o Benjamim, feliz da vida, passou a ficar em casa. De manhã até à noite, o Benjamim não ia a lado nenhum. Brincava sozinho, via desenhos animados sem ninguém, pintava devagarinho, fazia construções e pistas de comboio sem desalinho, mas sem saber que, mais cedo ou mais tarde, iria precisar da companhia de alguém!
A verdade é que, nos primeiros tempos, o Benjamim sentia-se bem. Mas à medida que o tempo ia passando, o Benjamim ficava ansioso que chegasse o fim do dia, para as manas chegarem, a respirar alegria. Ao fim-de-semana, as manas iam para as festas dos amigos da escola, e o Benjamim ficava em casa com os Pais, sem nada para fazer, porque com os seus brinquedos já não se conseguia entreter. O Benjamim acabou por ficar sem amigos. E quando começou a perceber que estava sempre sozinho, e sem fazer nada, entrou em  desatino, e ficou mais triste do que a noite escura e gelada.
Um dia, numa bela manhã de sol, o Benjamim passou pelos seus antigos amigos da escola, que iam à praia com a Professora.
– Olá! – diz o Benjamim, muito contente.
– Quem és tu? – Responde um menino impaciente.
– Sou o Benjamim, já joguei contigo à bola!
– Ah! Já sei! Foste aquele menino que saiu porque não gostava da escola!
– Pois fui… – sussurra o Benjamim, a olhar para o chão.
– Diz-me uma coisa, Beija-Flor…
– Benjamim! – diz, ainda em tom brincalhão.
– Ou isso….lá onde estás, tens alguém com quem brincar?
– Não… – responde, já com ar ameaçador.
– E tens alguém para os números e letras te ensinar?
– Não tenho, não…
– E tens algum menino com quem os brinquedos possas partilhar?
– Só à noite, com as minhas manas…
– E agora tens alguém com quem possas à bola jogar?
– Também não – começa o Benjamim a soluçar…
– E, já agora, tens alguém que te ensine a cantar?
– Não, snif… – e o Benjamim começa a chorar.
– Não chores Benjamim, ainda vais a tempo de para a escola voltar! – Diz o menino, arrependido por ter sido muito severo com o amiguinho, que chorava sem fim.
E o Benjamim deu meia volta, sem para trás olhar.
Nesse dia à noite, quando a Mãe chegou a casa, o Benjamim perguntou se ainda ia a tempo de para a escola voltar:
– Prometo que nunca mais faço perrices para vestir, nem para dormir!
– Nem para tomar o pequeno-almoço, nem para lavar os dentes? – pergunta a Mãe, toda contente.
– Não Maínha! Vou começar a fazer tudo sozinho, tal como a Violeta. Vou ser o seu aprendiz! – responde o Benjamim, já senhor do seu nariz.
– Posso ir já amanhã Mãe? Posso? Posso? Posso?
– Amanhã não que é sábado, querido. Mas na segunda-feira a Mãe vai falar com a sua Professora, para o Benjamim voltar para a escola!
E na segunda-feira lá foi, feliz, o Benjamim, de mochila às costas, cheio de vontade de aprender, de com os amigos conviver, e, acima de tudo, de crescer. Porque escola é vida. E todos os meninos, de uma forma ou de outra, vão para a escola da vida.

Fim.

Apresento-vos o Benjamim!
A personagem principal dos Contos Infantis by Maisena
Ilustração: Francisco Ortigão Costa

 

 (Todo o copyright ou outros direitos de propriedade intelectual presentes no texto, imagens, e outros conteúdos do blog são propriedade Maisena)

 

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A História do Benjamim que não queria ir à Escola.

Era uma vez o menino Benjamim. O Benjamim tinha 5 anos, era magrinho, tinha duas covinhas, e usava o cabelo à tigela (mas um pouco desordenado). O Benjamim era muito bonito, inteligente e organizado. Gostava de fazer desenhos, construções de legos, e adorava jardinar com os Pais e a mana mais velha, a Violeta. Mas o Benjamim não gostava de ir à escola. Não sabia bem porquê, mas a verdade é que, apesar de já ter 5 anos, chorava cada dia que passava. E chorava, chorava…Chorava para  acordar, chorava para o pequeno-almoço tomar, chorava para se vestir, chorava para à rua sair. Até chorava mais que a mana pequenina, a Amelinha. Ou porque a barriga lhe doía, ou porque estava a chover, ou porque simplesmente não queria, ou porque tinha medo de se perder…
Até que um dia, a Mãe desistiu. A Mãe desistiu de obrigar o filho a ir à escola. E o Benjamim, feliz da vida, passou a ficar em casa. De manhã até à noite, o Benjamim não ia a lado nenhum. Brincava sozinho, via desenhos animados sem ninguém, pintava devagarinho, fazia construções e pistas de comboio sem desalinho, mas sem saber que, mais cedo ou mais tarde, iria precisar da companhia de alguém!
A verdade é que, nos primeiros tempos, o Benjamim sentia-se bem. Mas à medida que o tempo ia passando, o Benjamim ficava ansioso que chegasse o fim do dia, para as manas chegarem, a respirar alegria. Ao fim-de-semana, as manas iam para as festas dos amigos da escola, e o Benjamim ficava em casa com os Pais, sem nada para fazer, porque com os seus brinquedos já não se conseguia entreter. O Benjamim acabou por ficar sem amigos. E quando começou a perceber que estava sempre sozinho, e sem fazer nada, entrou em  desatino, e ficou mais triste do que a noite escura e gelada.
Um dia, numa bela manhã de sol, o Benjamim passou pelos seus antigos amigos da escola, que iam à praia com a Professora.
– Olá! – diz o Benjamim, muito contente.
– Quem és tu? – Responde um menino impaciente.
– Sou o Benjamim, já joguei contigo à bola!
– Ah! Já sei! Foste aquele menino que saiu porque não gostava da escola!
– Pois fui… – sussurra o Benjamim, a olhar para o chão.
– Diz-me uma coisa, Beija-Flor…
– Benjamim! – diz, ainda em tom brincalhão.
– Ou isso….lá onde estás, tens alguém com quem brincar?
– Não… – responde, já com ar ameaçador.
– E tens alguém para os números e letras te ensinar?
– Não tenho, não…
– E tens algum menino com quem os brinquedos possas partilhar?
– Só à noite, com as minhas manas…
– E agora tens alguém com quem possas à bola jogar?
– Também não – começa o Benjamim a soluçar…
– E, já agora, tens alguém que te ensine a cantar?
– Não, snif… – e o Benjamim começa a chorar.
– Não chores Benjamim, ainda vais a tempo de para a escola voltar! – Diz o menino, arrependido por ter sido muito severo com o amiguinho, que chorava sem fim.
E o Benjamim deu meia volta, sem para trás olhar.
Nesse dia à noite, quando a Mãe chegou a casa, o Benjamim perguntou se ainda ia a tempo de para a escola voltar:
– Prometo que nunca mais faço perrices para vestir, nem para dormir!
– Nem para tomar o pequeno-almoço, nem para lavar os dentes? – pergunta a Mãe, toda contente.
– Não Maínha! Vou começar a fazer tudo sozinho, tal como a Violeta. Vou ser o seu aprendiz! – responde o Benjamim, já senhor do seu nariz.
– Posso ir já amanhã Mãe? Posso? Posso? Posso?
– Amanhã não que é sábado, querido. Mas na segunda-feira a Mãe vai falar com a sua Professora, para o Benjamim voltar para a escola!
E na segunda-feira lá foi, feliz, o Benjamim, de mochila às costas, cheio de vontade de aprender, de com os amigos conviver, e, acima de tudo, de crescer. Porque escola é vida. E todos os meninos, de uma forma ou de outra, vão para a escola da vida.

Fim.

Apresento-vos o Benjamim!
A personagem principal dos Contos Infantis by Maisena
Ilustração: Francisco Ortigão Costa

 

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