Geral

Altos e baixos

No último ano tenho-me perguntado várias vezes se terei feito a escolha certa, ao mudar radicalmente de vida. A resposta é sempre a mesma: não mudava nada. Hoje em dia sou mais feliz e mais bem resolvida comigo própria e com os outros. Aprendi a dar mais valor ao tempo. A amar mais a família. A curtir mais os amigos. A gostar mais de mim.

Mas, confesso, ainda fico um bocadinho louca quando, por ou sem querer, alguém tenta denegrir a minha opção de vida. 

– “Como é que uma advogada como tu tem coragem de largar tudo e ser “blogger”? 

– “Passaste do 80 para o 8, foi?

– “Deixaste a advocacia e passaste a “vender roupa”?

Longe vão os tempos em que ficava magoada com esse tipo de comentários. Só não deixam é de me surpreender. Primeiro, porque a vida de empreendedora é tão ou mais aliciante do que a de advogada. É claro que tem mais altos e baixos. Mais cumes e buracos. Mais armadilhas e gritos do ipiranga. Mas não há necessidade de denegrir quem faz das tripas coração para vingar neste mundo-cão. Só quem está nesta área é que me compreende: temos liberdade de horários, sim. Podemos ir correr de manhã, ir buscar os miúdos ao colégio, ou até ir lanchar com as amigas. Mas, para conseguir tudo isso, trabalhámos até às 4 da manhã na noite anterior. E muitas vezes nem dormimos com a responsabilidade que temos nos ombros. Ou com o excitamento de um projecto novo. Ou com o medo de dar mais um passo.

É assim a vida de empreendedora. Num minutos estamos de mola na cabeça a estender a roupa de casa. E no minuto seguinte já estamos prontas e maquilhadas para mais uma reunião de trabalho. Se for preciso levamos uma criança às costas. Ninguém leva a mal.

A única coisa que está mal na sociedade de hoje em dia, é ainda não levar assim tão a sério a mulher empreendedora. Ainda acha que estamos a brincar às casinhas. Que não percebemos nada de nada. A verdade é que já dei por mim a mostrar o meu lado de “advogada” para que possam ter mais respeito pelo meu trabalho. Pelo meu esforço. Pela minha dedicação.

A mulher empreendedora trabalha 24 horas por dia. Dentro e fora de casa. Com e sem os filhos. Mas sempre com muito ânimo. Muita fé. Muita esperança nos seus projectos. Nos seus ideais. Nos seus sonhos.

E aqui estou eu, de alma e coração, nesta vida simples, mas tão completa e rica que escolhi. Sim, porque a liberdade e o tempo de qualidade são sem dúvida, a nossa maior riqueza. E eu escolhi esse caminho, com medo, mas muita persistência. Obrigada Universo, por caminhares sempre ao meu lado. Amparando os meus atalhos. Levando os meus filhos ao colo quando mais preciso. Porque há altos que nunca baixam: a nossa família. O nosso porto seguro.

Créditos Brígida Brito Photography

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No último ano tenho-me perguntado várias vezes se terei feito a escolha certa, ao mudar radicalmente de vida. A resposta é sempre a mesma: não mudava nada. Hoje em dia sou mais feliz e mais bem resolvida comigo própria e com os outros. Aprendi a dar mais valor ao tempo. A amar mais a família. A curtir mais os amigos. A gostar mais de mim.

Mas, confesso, ainda fico um bocadinho louca quando, por ou sem querer, alguém tenta denegrir a minha opção de vida. 

– “Como é que uma advogada como tu tem coragem de largar tudo e ser “blogger”? 

– “Passaste do 80 para o 8, foi?

– “Deixaste a advocacia e passaste a “vender roupa”?

Longe vão os tempos em que ficava magoada com esse tipo de comentários. Só não deixam é de me surpreender. Primeiro, porque a vida de empreendedora é tão ou mais aliciante do que a de advogada. É claro que tem mais altos e baixos. Mais cumes e buracos. Mais armadilhas e gritos do ipiranga. Mas não há necessidade de denegrir quem faz das tripas coração para vingar neste mundo-cão. Só quem está nesta área é que me compreende: temos liberdade de horários, sim. Podemos ir correr de manhã, ir buscar os miúdos ao colégio, ou até ir lanchar com as amigas. Mas, para conseguir tudo isso, trabalhámos até às 4 da manhã na noite anterior. E muitas vezes nem dormimos com a responsabilidade que temos nos ombros. Ou com o excitamento de um projecto novo. Ou com o medo de dar mais um passo.

É assim a vida de empreendedora. Num minutos estamos de mola na cabeça a estender a roupa de casa. E no minuto seguinte já estamos prontas e maquilhadas para mais uma reunião de trabalho. Se for preciso levamos uma criança às costas. Ninguém leva a mal.

A única coisa que está mal na sociedade de hoje em dia, é ainda não levar assim tão a sério a mulher empreendedora. Ainda acha que estamos a brincar às casinhas. Que não percebemos nada de nada. A verdade é que já dei por mim a mostrar o meu lado de “advogada” para que possam ter mais respeito pelo meu trabalho. Pelo meu esforço. Pela minha dedicação.

A mulher empreendedora trabalha 24 horas por dia. Dentro e fora de casa. Com e sem os filhos. Mas sempre com muito ânimo. Muita fé. Muita esperança nos seus projectos. Nos seus ideais. Nos seus sonhos.

E aqui estou eu, de alma e coração, nesta vida simples, mas tão completa e rica que escolhi. Sim, porque a liberdade e o tempo de qualidade são sem dúvida, a nossa maior riqueza. E eu escolhi esse caminho, com medo, mas muita persistência. Obrigada Universo, por caminhares sempre ao meu lado. Amparando os meus atalhos. Levando os meus filhos ao colo quando mais preciso. Porque há altos que nunca baixam: a nossa família. O nosso porto seguro.

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