Geral

Celebrar a Vida!

Na Páscoa é tempo de celebrar a vida. Nossa. Dos nossos. De todos os que nos rodeiam. É tempo de partilha. É tempo de Amor. É tempo de convívio. É tempo de dar valor. Este ano, como em todos os outros, fomos até à quinta da minha Avó. Desde que me lembro de mim, vamos lá passar a Páscoa. E é tão bom continuar a incutir este ritual aos meus filhos. Porque no campo os miúdos são mais felizes. Mais espertos. Mais astutos. Mais despertos. No campo, os miúdos aprendem. Crescem como nunca. Respiram bons ares. Comem o que vem da terra, devagar. Sem pressa. Andam atrás dos animais, depressa. Sem medo. 

O domingo de Páscoa é feito de tradições. A manhã é apressada, com a chegada do compasso, dos tapetes de flores e da cruz abençoada. Depois, é tempo de passeio. De arejo. De broa e pão quente. De café ardente. E a famosa caça aos ovos? Feita no meio dos cactos, das camélias, dos muguets e das tropelias dos miúdos. Felizes. Imensamente felizes com a quantidade de chocolate que conseguem comer em menos de 5 minutos. Mas a barriga ainda tem de ganhar fome para o cabrito em forno de lenha que por aí vem. Admito, é a única vez do ano em que comemos cabrito. E sabe-nos tão bem. A cozinha velha, fora da casa, transporta-nos para um tempo em que tudo tinha tempo. As refeições. As pessoas. Os sítios. As temporadas. Tudo tinha tempo para ter tempo. E é por isso que eu tanto gosto da natureza. Porque a Mãe-Natureza não tem pressa. Não passa por cima de ninguém. Não anda atrás dos outros, numa corrida sem tréguas. A natureza tem tempo. E é por isso que nos sentimos tão bem por aqui.

Um ode à família. A todas as famílias que (ainda) se reúnem na Páscoa. É mais uma desculpa para as conversas intermináveis sobre quem já por cá não está. É mais uma desculpa para umas gargalhadas sinceras à volta da mesa. Para mais um copo de vinho da casa. Para mais uma iguaria que só a nossa Rosário sabe fazer. E só rezo para que a minha querida avó, que nos recebe sempre de coração aberto, continue com aquela sua saúde de ferro, imbatível e invencível, para que muitas mais Páscoas assim venham por aí. É só uma vez ao ano. Mas sabe tão bem.

Amen.

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Na Páscoa é tempo de celebrar a vida. Nossa. Dos nossos. De todos os que nos rodeiam. É tempo de partilha. É tempo de Amor. É tempo de convívio. É tempo de dar valor. Este ano, como em todos os outros, fomos até à quinta da minha Avó. Desde que me lembro de mim, vamos lá passar a Páscoa. E é tão bom continuar a incutir este ritual aos meus filhos. Porque no campo os miúdos são mais felizes. Mais espertos. Mais astutos. Mais despertos. No campo, os miúdos aprendem. Crescem como nunca. Respiram bons ares. Comem o que vem da terra, devagar. Sem pressa. Andam atrás dos animais, depressa. Sem medo. 

O domingo de Páscoa é feito de tradições. A manhã é apressada, com a chegada do compasso, dos tapetes de flores e da cruz abençoada. Depois, é tempo de passeio. De arejo. De broa e pão quente. De café ardente. E a famosa caça aos ovos? Feita no meio dos cactos, das camélias, dos muguets e das tropelias dos miúdos. Felizes. Imensamente felizes com a quantidade de chocolate que conseguem comer em menos de 5 minutos. Mas a barriga ainda tem de ganhar fome para o cabrito em forno de lenha que por aí vem. Admito, é a única vez do ano em que comemos cabrito. E sabe-nos tão bem. A cozinha velha, fora da casa, transporta-nos para um tempo em que tudo tinha tempo. As refeições. As pessoas. Os sítios. As temporadas. Tudo tinha tempo para ter tempo. E é por isso que eu tanto gosto da natureza. Porque a Mãe-Natureza não tem pressa. Não passa por cima de ninguém. Não anda atrás dos outros, numa corrida sem tréguas. A natureza tem tempo. E é por isso que nos sentimos tão bem por aqui.

Um ode à família. A todas as famílias que (ainda) se reúnem na Páscoa. É mais uma desculpa para as conversas intermináveis sobre quem já por cá não está. É mais uma desculpa para umas gargalhadas sinceras à volta da mesa. Para mais um copo de vinho da casa. Para mais uma iguaria que só a nossa Rosário sabe fazer. E só rezo para que a minha querida avó, que nos recebe sempre de coração aberto, continue com aquela sua saúde de ferro, imbatível e invencível, para que muitas mais Páscoas assim venham por aí. É só uma vez ao ano. Mas sabe tão bem.

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