Há tempos vi um workshop com este nome, e fiquei maravilhada quando me deparei com o significado da frase. Os meus filhos mais velhos só foram para a creche com 2 anos. O Zé Maria, nem vê-la. Teve a sorte de apanhar a Mãe já a trabalhar em casa, sem precisar de o pôr numa creche das 9h00 às 18h00. Atenção: este post não é uma crítica a quem tomou a decisão contrária À minha…Há quem não tenha outra hipótese. Há quem não tenha feitio para ficar todo o dia com bebés em casa. Há muitas outras “desculpas” para não conseguir evitar que os filhos passem os primeiros anos de vida numa creche. E eu não critico. Apenas tomei outra decisão. Se me saiu do pêlo? Saiu, pois! Não é fácil estar 24h sobre 24h com o nosso bebé, ainda por cima a ter que trabalhar ao mesmo tempo – sejam os deveres de uma qualquer dona de casa, sejam os da profissão que tão alegremente escolhi! Não é fácil gerir tudo praticamente sozinha. Não é fácil, mas foi a decisão mais acertada que podia tomar! O Zé Maria tem a sorte de ter dois irmãos mais velhos e muitos primos que puxam por ele. E tem a sorte de poder ficar em casa, passear, almocar em casa da Avó, brincar com a Mãe e passar os primeiros anos de vida com o maior mimo e amor que podia ter. Não estou nem 1% arrependida destes meus últimos 3 anos. Arrisco até em dizer que foram os mais felizes e completos de todos. Apesar do cansaço acumulado de uma Mãe a tempo inteiro, sinto-me verdadeiramente privilegiada por ter conseguido acompanhar este meu último filho em todas as etapas da sua vida (até agora)! Falou tarde, é certo, mas o desfralde foi piece of cake, a independência dele também nunca foi afectada, e os vírus e doenças foram raros. Muito raros! Só isso, compensa tudo.
A única coisa que critico em algumas Mães que não tomaram a mesma decisão que eu, é na constante pressão e dicas que muitas vezes me dão, semore que o ZM se porta menos bem: “Está a precisar de escolinha”…”se o tivesses na escola não andavas tão cansada!”…”Não anda na escola? Ui! Coitada de ti!” Hoje em dia já lido bem com isso, mas na altura, confesso, chateou-me um bocadinho. Cada família sabe de si, e eu insisto em dizer que não podia ter tomado melhor decisão para este meu último filho.
Em setembro, e agora sim, vai para a escola dos irmãos, com os seus 3 anos acabados de fazer, e uma data de amigos, programas e rotinas novas para conhecer. Se me está a custar esta ideia? Se está! Quase que sinto que acabou uma licença de maternidade prolongada. Tenho a sensação que o vou entregar ao mundo. Que já não é “meu”. Mas sei que vai ficar no melhor sítio que podia estar, com todo o amor e carinho. E eu, vou continuar o meu caminho de Mãe/Mulher/Empreendedora, E ser feliz todos os dias, nas pequenas coisas. E aproveitar tudo o que de bom a vida me dá.