Mais do que oferecer “coisas”, as famílias deveriam proporcionar experiências, passeios, viagens, arejos. Sejam os Pais ou os Filhos que fazem anos, ou que merecem um mimo. O que interessa é o verbo ir. Lá em casa tentamos sempre aproveitar ao máximo os dias especiais. Na semana passada, juntámos o dia do Pai ao dia de anos do Pai e fugimos para o Douro, para cortar a rotina da semana. Não há melhor.
Fomos recebidos como verdadeiros condes no Hotel Rural Casa dos Viscondes da Várzea, em Lamego. Senti-me a entrar num filme do século passado. Uma casa majestosa, que respira história e boas memórias. A Maria Manuel recebeu-nos de braços e coração abertos. Como se fossemos da família e já nos conhecessemos há anos! É isto que eu gosto nestes passeios e viagens que fazemos. Não é só pelos lugares, mas também pelas pessoas que se vão cruzando connosco e que nos transmitem boas energias. Uma família que é um exemplo de superação, persistência, dedicação e paixão por tudo aquilo que faz. O segredo é nunca desistir dos nossos sonhos. Nem quando tudo parece impossível e distante. Se acreditarmos em nós próprios, é meio caminho andado para conseguirmos aquilo que queremos para a nossa vida.
Jantámos divinalmente na Casa dos Viscondes da Várzea. Adormecemos ao sol das estrelas cadentes. Acordámos com o som dos passarinhos e um sol radioso a entrar pela janela. Um pequeno-almoço majestoso à nossa espera. E um passeio pela quinta que nos encheu os pulmões de oxigénio puro e rejuvenescedor. O ar do campo faz maravilhas ao nosso ego. À nossa família. Ao nosso equilíbrio. Seria bem capaz de viver rodeada desta natureza pura e dura.
Antes de nos despedirmos desta Casa de sonho, ainda jogámos uma partida de croquet, ao sol e . Quem não conhece, nem sabe o que perde! Basta um relvado, uma família e muito boa-disposição!
Foi um dia do Pai absolutamente memorável numa Casa de família que nos deixou muitas saudades e vontade de voltar. Quem sabe um dia!
Porque é impossível não se apaixonar pela beleza única do Douro. Passo lá todos os verões, desde que me lembro de mim, e não há uma única vez que não adore a vida assim. O Douro é mágico em todas as estações do ano. Com frio. Com calor. Com chuva. Recebe-nos sempre com amor. E desta vez não foi excepção.
Nos anos do Pai, e na continuação do que vos disse no post anterior, quis fazer uma surpresa a toda a família, e proporcionar-lhes um dia diferente. Fomos até à Quinta do Pôpa e ficámos logo deslumbrados com aquela vista! Depois, um pic-nic em forma de almoço que nos encheu a barriga e as medidas. Tudo muito apetecível e delicioso. Mas o melhor foi a prova de vinhos. Experimentámos o vinho de homenagem ao Sr. Pôpa (que tem uma história de vida que vale a pena conhecer durante a visita à adega) e fiquei completamente fã. Talvez dos melhores vinhos tintos que alguma vez já experimentei. Não sou especialista, mas sou muito apreciadora, e digo-vos que um bom copo de vinho, com um pic-nic a condizer, um dia de sol radioso, a família reunida e uma vista de cortar a respiração, foi o melhor presente de anos que pude dar ao Pai Sebastião (que todos os dias merece).
Não acreditam? Então vejam só: