Geral

Lição de vida

Antes de lerem tudo o que vos tenho para contar, abracem os vossos filhos. Contem-lhes histórias. Encham-nos de mimo e beijinhos. Alimentem a alma de memórias.

E vivam um dia de cada vez. 

Fui visitar o Kastelo –  a primeira unidade da Península Ibérica de cuidados continuados e paliativos para crianças dos 0 aos 18 anos -, e levei um murro no estômago. Quando se queixarem da meia hora que passaram no trânsito, das birras que há em casa por causa da hora de ir dormir, ou simplesmente quando tudo parece tão caótico que só vos apetece fugir…Esqueçam. Porque há famílias que não têm (quase) nada do que realmente importa: 

Saúde.

Pode um dia tocar-nos a todos. Não escolhe idades, estratos sociais, corações ou ocasiões. De lá saí com os joelhos a tremer, mas com a certeza de que por estas crianças muito podemos fazer! Ainda há tantos tabus e preconceitos, que nos dá vontade de arregaçar as mangas e gritar ao mundo inteiro. São crianças diferentes…mas iguais! Somos todos especiais. 

Conheci o Zezinho e o Gabi, dois miúdos queridos, de 4 e 6 anos, que não escolheram estar ali. Mas a vida ensinou-lhes que este Kastelo ainda os consegue fazer felizes. Porque, mesmo com as doenças de que padecem, não estão destinados às 4 paredes de um hospital branco e impessoal. Lá, no Kastelo, a sua vida tem cor, tem ar livre, tem um animais à solta, tem parques (um deles, aquático!), tem um pomar, tem uma horta, tem pessoas que os amam. Lá, a vida tem um sentido com resposta. E foi tudo isso que vi, que senti, e que experienciei, que acabou por trazer um pouco de paz neste murro no estômago que apanhei. Aqui há esperança. Há fé. Há amor. Há bonança.

Vou-vos contar um pouco da história por detrás deste Kastelo feito de príncipes e princesas sem reino: foi criada pela associação “No meio do Nada”. É um projeto pioneiro na Península Ibérica, que trata de todas as crianças com patologia crónica, com amor, carinho e tempo de qualidade. As crianças portuguesas com este tipo de necessidades são muitas vezes ignoradas e esquecidas pela sociedade, ficando internadas por longos períodos nos serviços de pediatria. A maior parte destas crianças vêm de famílias desestruturadas, com uma conjuntura social e familiar muito difícil.

Como é que este projecto foi concretizado? Graças ao sonho e dedicação da Enf. Teresa Fraga – que tive o gosto de conhecer a sua história, as suas conquistas, coragem e vitórias -, e ao apoio da União Europeira, através de um financiamento decisivo para a construção do projeto. Vejam tudo aqui

Desde a sua abertura, em junho de 2016, este Kastelo já ajudou mais de 110 crianças, dando uma lufada de ar fresco a todos os Pais e cuidadores que se debatem com vários obstáculos 24 horas por dia.

O próximo passo agora é construir um túnel que possa unir a Casa-Mãe ao parque infantil (que já é coberto), podendo assim os miúdos felizes desta casa ir para o parque todos os dias, faça chuva ou faça sol. Quem quiser ajudar, pode escrever-me para aqui, para podermos unir forças para ali.

Psst: O Gabi (foi saudável até aos 3 anos e meio, quando uma maldita bactéria o apanhou…) disse-me ontem, em segredo, que queria pedir uma playstation ao Pai Natal. Quem quer fazer de Pai-Natal e ajudar este miúdo tão querido e tão feliz, mesmo no meio das adversidades todas por que está a passar? Escrevam-me para aqui
Ajudem-nos a dar vida aos dias destas crianças!


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E vivam um dia de cada vez. 

Fui visitar o Kastelo –  a primeira unidade da Península Ibérica de cuidados continuados e paliativos para crianças dos 0 aos 18 anos -, e levei um murro no estômago. Quando se queixarem da meia hora que passaram no trânsito, das birras que há em casa por causa da hora de ir dormir, ou simplesmente quando tudo parece tão caótico que só vos apetece fugir…Esqueçam. Porque há famílias que não têm (quase) nada do que realmente importa: 

Saúde.

Pode um dia tocar-nos a todos. Não escolhe idades, estratos sociais, corações ou ocasiões. De lá saí com os joelhos a tremer, mas com a certeza de que por estas crianças muito podemos fazer! Ainda há tantos tabus e preconceitos, que nos dá vontade de arregaçar as mangas e gritar ao mundo inteiro. São crianças diferentes…mas iguais! Somos todos especiais. 

Conheci o Zezinho e o Gabi, dois miúdos queridos, de 4 e 6 anos, que não escolheram estar ali. Mas a vida ensinou-lhes que este Kastelo ainda os consegue fazer felizes. Porque, mesmo com as doenças de que padecem, não estão destinados às 4 paredes de um hospital branco e impessoal. Lá, no Kastelo, a sua vida tem cor, tem ar livre, tem um animais à solta, tem parques (um deles, aquático!), tem um pomar, tem uma horta, tem pessoas que os amam. Lá, a vida tem um sentido com resposta. E foi tudo isso que vi, que senti, e que experienciei, que acabou por trazer um pouco de paz neste murro no estômago que apanhei. Aqui há esperança. Há fé. Há amor. Há bonança.

Vou-vos contar um pouco da história por detrás deste Kastelo feito de príncipes e princesas sem reino: foi criada pela associação “No meio do Nada”. É um projeto pioneiro na Península Ibérica, que trata de todas as crianças com patologia crónica, com amor, carinho e tempo de qualidade. As crianças portuguesas com este tipo de necessidades são muitas vezes ignoradas e esquecidas pela sociedade, ficando internadas por longos períodos nos serviços de pediatria. A maior parte destas crianças vêm de famílias desestruturadas, com uma conjuntura social e familiar muito difícil.

Como é que este projecto foi concretizado? Graças ao sonho e dedicação da Enf. Teresa Fraga – que tive o gosto de conhecer a sua história, as suas conquistas, coragem e vitórias -, e ao apoio da União Europeira, através de um financiamento decisivo para a construção do projeto. Vejam tudo aqui

Desde a sua abertura, em junho de 2016, este Kastelo já ajudou mais de 110 crianças, dando uma lufada de ar fresco a todos os Pais e cuidadores que se debatem com vários obstáculos 24 horas por dia.

O próximo passo agora é construir um túnel que possa unir a Casa-Mãe ao parque infantil (que já é coberto), podendo assim os miúdos felizes desta casa ir para o parque todos os dias, faça chuva ou faça sol. Quem quiser ajudar, pode escrever-me para aqui, para podermos unir forças para ali.

Psst: O Gabi (foi saudável até aos 3 anos e meio, quando uma maldita bactéria o apanhou…) disse-me ontem, em segredo, que queria pedir uma playstation ao Pai Natal. Quem quer fazer de Pai-Natal e ajudar este miúdo tão querido e tão feliz, mesmo no meio das adversidades todas por que está a passar? Escrevam-me para aqui
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