Geral

Look at the stars…

Hoje foi dia de vacinas para o S. que já está a ficar um homem e nem chorou! Até a enfermeira ficou admirada…que orgulho! É impressionante a velocidade que uma criança cresce. Ainda no ano passado era um bebé e agora já me faz imensa companhia, com conversas de adulto, e às vezes até já me ajuda a confortar o M. quando este cai ou quando dá turras (praticamente de meia em meia hora…): “Não faz mal bolinha, já passou! O Titão dá beijinhos!” São episódios da vida que nos enchem o coração.
E ontem o S. saiu-se com uma que até me deu vontade de chorar….Quase todos os dias passamos em frente à igreja onde têm sido as missas dos meus Avós. E como o S. tem uma adoração por igrejas e por sinos (de tal maneira que no Natal corri tudo para encontrar uma igreja da Playmobil), pede sempre para ver se a porta está aberta, e para ouvir o sino tocar. E diz sempre: “Mãe, quero ir ver a igreja da Avó B.” Ontem, quando estávamos a passar em frente a casa dos meus Avós, diz o S. e a sua memória de elefante:
– “Mãe, quero ir dar um beijinho à Avó B.”
– “Pois querido, mas isso não pode ser, sabe que a Avó B. não está..”
– “Mas onde está Mãe?”
– “A Avó B. está no céu, querido…”
– “Mas, Mãe, não faz mal, eu vou buscar o escadote do Pai, subo até lá cima às estrelas e dou-lhe um beijinho!”
 
Era bom que fosse tudo assim tão fácil, não era?

Se calhar muitos já conhecem este texto de um autor desconhecido e a lição de vida que nos dá, mas não resisti em partilhar, porque acho de uma ternura incalculável, dando-nos uma esperança daquelas que nos fazem sentir quentinhos, seguros:

Na barriga de uma mulher grávida dois gémeos dialogam:
– Acredita em
vida após o parto?
– Claro! Há de haver algo após o nascimento. Talvez
estejamos aqui principalmente porque nós precisamos nos preparar para o que
seremos mais tarde.
– Claro que não há vida após o nascimento. Afinal como
seria essa vida?
– Eu não sei exactamente, mas
certamente haverá mais luz do que aqui. Talvez caminhemos com nossos próprios
pés e comeremos com a nossa boca.
– Isso é um absurdo! Caminhar é impossível.
E comer com a boca? É totalmente ridículo! O cordão umbilical é que nos alimenta. Além
disso, andar não faz sentido pois o cordão umbilical é muito curto.
– Sinto
que há algo mais. Talvez seja apenas um pouco diferente do que estamos
habituados a ter aqui.
– Mas ninguém nunca voltou de lá. O parto apenas
encerra a vida. E afinal de contas, a vida é nada mais do que a angústia
prolongada na escuridão.
– Bem, eu não sei exactamente como será depois do
nascimento, mas com certeza veremos a Mãe e ela cuidará de nós.
– Mãe?
Você acredita em Mãe? Se ela existe, onde ela está?
– Onde? Em tudo à nossa
volta! Nela e através dela nós vivemos. Sem ela não existiríamos.
– Eu não
acredito! Nunca vi nenhuma Mãe, não existem provas científicas que ela exista,
por isso é claro que ela não existe.
– Bem, mas às vezes quando estamos em
silêncio, podemos ouvi-la cantando, ou senti-la afagando nosso mundo. Eu penso que
após o parto, a vida real nos espera; e, no momento, estamos nos preparando para
ela.

Lindo, não é?

 

 Obrigada querido filho! Tão pequenino e tanto que já nos ensina!
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Hoje foi dia de vacinas para o S. que já está a ficar um homem e nem chorou! Até a enfermeira ficou admirada…que orgulho! É impressionante a velocidade que uma criança cresce. Ainda no ano passado era um bebé e agora já me faz imensa companhia, com conversas de adulto, e às vezes até já me ajuda a confortar o M. quando este cai ou quando dá turras (praticamente de meia em meia hora…): “Não faz mal bolinha, já passou! O Titão dá beijinhos!” São episódios da vida que nos enchem o coração.
E ontem o S. saiu-se com uma que até me deu vontade de chorar….Quase todos os dias passamos em frente à igreja onde têm sido as missas dos meus Avós. E como o S. tem uma adoração por igrejas e por sinos (de tal maneira que no Natal corri tudo para encontrar uma igreja da Playmobil), pede sempre para ver se a porta está aberta, e para ouvir o sino tocar. E diz sempre: “Mãe, quero ir ver a igreja da Avó B.” Ontem, quando estávamos a passar em frente a casa dos meus Avós, diz o S. e a sua memória de elefante:
– “Mãe, quero ir dar um beijinho à Avó B.”
– “Pois querido, mas isso não pode ser, sabe que a Avó B. não está..”
– “Mas onde está Mãe?”
– “A Avó B. está no céu, querido…”
– “Mas, Mãe, não faz mal, eu vou buscar o escadote do Pai, subo até lá cima às estrelas e dou-lhe um beijinho!”
 
Era bom que fosse tudo assim tão fácil, não era?

Se calhar muitos já conhecem este texto de um autor desconhecido e a lição de vida que nos dá, mas não resisti em partilhar, porque acho de uma ternura incalculável, dando-nos uma esperança daquelas que nos fazem sentir quentinhos, seguros:

Na barriga de uma mulher grávida dois gémeos dialogam:
– Acredita em
vida após o parto?
– Claro! Há de haver algo após o nascimento. Talvez
estejamos aqui principalmente porque nós precisamos nos preparar para o que
seremos mais tarde.
– Claro que não há vida após o nascimento. Afinal como
seria essa vida?
– Eu não sei exactamente, mas
certamente haverá mais luz do que aqui. Talvez caminhemos com nossos próprios
pés e comeremos com a nossa boca.
– Isso é um absurdo! Caminhar é impossível.
E comer com a boca? É totalmente ridículo! O cordão umbilical é que nos alimenta. Além
disso, andar não faz sentido pois o cordão umbilical é muito curto.
– Sinto
que há algo mais. Talvez seja apenas um pouco diferente do que estamos
habituados a ter aqui.
– Mas ninguém nunca voltou de lá. O parto apenas
encerra a vida. E afinal de contas, a vida é nada mais do que a angústia
prolongada na escuridão.
– Bem, eu não sei exactamente como será depois do
nascimento, mas com certeza veremos a Mãe e ela cuidará de nós.
– Mãe?
Você acredita em Mãe? Se ela existe, onde ela está?
– Onde? Em tudo à nossa
volta! Nela e através dela nós vivemos. Sem ela não existiríamos.
– Eu não
acredito! Nunca vi nenhuma Mãe, não existem provas científicas que ela exista,
por isso é claro que ela não existe.
– Bem, mas às vezes quando estamos em
silêncio, podemos ouvi-la cantando, ou senti-la afagando nosso mundo. Eu penso que
após o parto, a vida real nos espera; e, no momento, estamos nos preparando para
ela.

Lindo, não é?

 

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