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MANEL

Costuma dizer-se que no meio é onde está a virtude. E assim é com o nosso Manel. O mais calmo, sensato, ponderado e acertado membro da família. Sempre feliz. Agradece por tudo aquilo que tem. Está bem em todo o lado. Seja no melhor ou no pior sítio do mundo. É seguro de si mesmo. Não tem dúvidas daquilo que gosta. Luta por tudo aquilo que quer. Com paixão. Até mesmo à exaustão. Ideias fixas, é com ele. Teimoso, mas no bom caminho. É louco por passeio. Perde-se em devaneios. Mas gosta mais do seu ninho. Não gosta dos fins de tarde. É mais de manhãs. Acorda sempre cheio de vida. É independente. Faz companhia de gente. E defende os manos com unhas e dentes. Abomina tudo o que seja vermelho. E não é só uma questão de clubes. Morangos. Melancia. Tomate. Framboesas. Nada disso é com ele. O seu ponto fraco é mesmo esse: por ele, comia banana com maionese e batatas fritas com chocolate todo o dia. Não. Nunca comeu isso. Mas só porque eu nunca deixei…senão era uma alegria!

Este ano, pediu-nos uma festa no Zoo. Com os amigos. E um lanche em casa. Com a família. Eu já andava cansada mas, cá para os meus botões, ando sempre. Esforcei-me e dediquei-me para dar ao Manel tudo o que pedira. O lanche cá em casa foi no dia de anos. Um Manel com gripe e um Zé Maria com infeção pulmonar não nos deixaram ir passear nesse dia (ah! e os dois com uma otite!) Mas que bem que soube passarmos a manhã a preparar um lanche de família. Sem pressa de sair e sem horas para nada. Às vezes corremos contra o tempo porque o tempo não volta atrás. Mas esquecemo-nos que o tempo também é o tempo em que não corremos contra o tempo. Porque assim o tempo nem parece que nos foge e nos deixa sós. Porque temos tempo para saborear o tempo entre nós. 

E enquanto aproveitava esse tempo, esqueci-me de ter tempo para tirar uma fotografias à mesa de anos. Que preparei com tanto tempo. Não era uma mesa digna de fotografia de blogger. Perdoe-me quem não concorda, mas já estou farta de ver as mesas de festas tão perfeitas e imaculadas que nem parecem festas de crianças. As crianças pouco ou nada querem saber se a festa tem uma imagem de marca. Escolhem o tema, e pronto. Agora, gastar rios de dinheiro em design e bolos pré-feitos cheios de bonecada em pasta de açúcar? Para quê? Se podemos fazer um bolo caseiro, e podemos ser nós a imaginar e a construir o que havemos de pôr em cima do bolo? Cá em casa o tema foi: o espaço. E sem grandes extremismos ou perfeccionismos, fizemos uma festa simples, pensada por uma Mãe real, sem recorrer a esses tais artificialismos. Porque, acreditem: os nossos filhos dão muito mais valor a um lanche (im)perfeito, mas todo sonhado pela Mãe (e pelo filho), do que a uma mesa de festa xpto em que a própria Mãe não faz ideia do que aí vem. A vida não é perfeita, somos nós que a fazemos (mais) completa. O mesmo se passa com uma mesa de festa.

Comprei bolas de esferovite e palitos compridos, criei um mini-chapéu de festa, peguei em letras de madeira, e num astronauta que fez parte da nossa árvore de natal e: voilá! Um bolo de laranja feito pela bisavó que se tornou na estrela do lanche. De resto: mousse de chocolate feita pelo menino dos anos. Pãezinhos com fiambre de peru. Fruta em pedaços (cortei um abacaxi e reguei-o com lima). Pãezinhos de queijo, acabados de sair do forno. Bolo de brigadeiro. Uma ou duas quiches feitas por esta Mãe no dia anterior. Muito mimo e amor. Limonada. Chá gelado feito em casa. E uma pinata (única exigência do menino dos anos) cheia de doces e de histórias para contar. Desta feita foi um foguetão. E não. Não sou assim tão boa em trabalhos manuais. Comprei na Tiger. E fiz um figurão.

No dia seguinte a festa foi outra. Preparei o lanche de 30 crianças felizes e ansiosas pela festa. Entreguei 30 sacos de papel a todas elas. Imaculadamente iguais. Foi um sucesso. Depois de uma visita em grande ao maravilhoso Zoo de Santo Inácio , o lanche veio em boa hora. E mais parabéns se cantaram. Porque a vida é mesmo feita destas pequenas grandes celebrações. Canto os parabéns de corpo e alma. Aos meus filhos, nem se fala. É um dia verdadeiramente feliz. Um dos três dias melhores do meu ano. Se nestes dias não fizermos um tchim-tchim à sorte que temos, quando haveremos de fazer? 

Parabéns, meu querido filho, e que continue sempre assim, com o sorriso mais bonito e enternecedor que eu conheço. Com o seu bom feitio, o nosso Manel abraça o mundo e dá-nos a volta à cabeça e ao coração em pouco menos de um segundo! 

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Costuma dizer-se que no meio é onde está a virtude. E assim é com o nosso Manel. O mais calmo, sensato, ponderado e acertado membro da família. Sempre feliz. Agradece por tudo aquilo que tem. Está bem em todo o lado. Seja no melhor ou no pior sítio do mundo. É seguro de si mesmo. Não tem dúvidas daquilo que gosta. Luta por tudo aquilo que quer. Com paixão. Até mesmo à exaustão. Ideias fixas, é com ele. Teimoso, mas no bom caminho. É louco por passeio. Perde-se em devaneios. Mas gosta mais do seu ninho. Não gosta dos fins de tarde. É mais de manhãs. Acorda sempre cheio de vida. É independente. Faz companhia de gente. E defende os manos com unhas e dentes. Abomina tudo o que seja vermelho. E não é só uma questão de clubes. Morangos. Melancia. Tomate. Framboesas. Nada disso é com ele. O seu ponto fraco é mesmo esse: por ele, comia banana com maionese e batatas fritas com chocolate todo o dia. Não. Nunca comeu isso. Mas só porque eu nunca deixei…senão era uma alegria!

Este ano, pediu-nos uma festa no Zoo. Com os amigos. E um lanche em casa. Com a família. Eu já andava cansada mas, cá para os meus botões, ando sempre. Esforcei-me e dediquei-me para dar ao Manel tudo o que pedira. O lanche cá em casa foi no dia de anos. Um Manel com gripe e um Zé Maria com infeção pulmonar não nos deixaram ir passear nesse dia (ah! e os dois com uma otite!) Mas que bem que soube passarmos a manhã a preparar um lanche de família. Sem pressa de sair e sem horas para nada. Às vezes corremos contra o tempo porque o tempo não volta atrás. Mas esquecemo-nos que o tempo também é o tempo em que não corremos contra o tempo. Porque assim o tempo nem parece que nos foge e nos deixa sós. Porque temos tempo para saborear o tempo entre nós. 

E enquanto aproveitava esse tempo, esqueci-me de ter tempo para tirar uma fotografias à mesa de anos. Que preparei com tanto tempo. Não era uma mesa digna de fotografia de blogger. Perdoe-me quem não concorda, mas já estou farta de ver as mesas de festas tão perfeitas e imaculadas que nem parecem festas de crianças. As crianças pouco ou nada querem saber se a festa tem uma imagem de marca. Escolhem o tema, e pronto. Agora, gastar rios de dinheiro em design e bolos pré-feitos cheios de bonecada em pasta de açúcar? Para quê? Se podemos fazer um bolo caseiro, e podemos ser nós a imaginar e a construir o que havemos de pôr em cima do bolo? Cá em casa o tema foi: o espaço. E sem grandes extremismos ou perfeccionismos, fizemos uma festa simples, pensada por uma Mãe real, sem recorrer a esses tais artificialismos. Porque, acreditem: os nossos filhos dão muito mais valor a um lanche (im)perfeito, mas todo sonhado pela Mãe (e pelo filho), do que a uma mesa de festa xpto em que a própria Mãe não faz ideia do que aí vem. A vida não é perfeita, somos nós que a fazemos (mais) completa. O mesmo se passa com uma mesa de festa.

Comprei bolas de esferovite e palitos compridos, criei um mini-chapéu de festa, peguei em letras de madeira, e num astronauta que fez parte da nossa árvore de natal e: voilá! Um bolo de laranja feito pela bisavó que se tornou na estrela do lanche. De resto: mousse de chocolate feita pelo menino dos anos. Pãezinhos com fiambre de peru. Fruta em pedaços (cortei um abacaxi e reguei-o com lima). Pãezinhos de queijo, acabados de sair do forno. Bolo de brigadeiro. Uma ou duas quiches feitas por esta Mãe no dia anterior. Muito mimo e amor. Limonada. Chá gelado feito em casa. E uma pinata (única exigência do menino dos anos) cheia de doces e de histórias para contar. Desta feita foi um foguetão. E não. Não sou assim tão boa em trabalhos manuais. Comprei na Tiger. E fiz um figurão.

No dia seguinte a festa foi outra. Preparei o lanche de 30 crianças felizes e ansiosas pela festa. Entreguei 30 sacos de papel a todas elas. Imaculadamente iguais. Foi um sucesso. Depois de uma visita em grande ao maravilhoso Zoo de Santo Inácio , o lanche veio em boa hora. E mais parabéns se cantaram. Porque a vida é mesmo feita destas pequenas grandes celebrações. Canto os parabéns de corpo e alma. Aos meus filhos, nem se fala. É um dia verdadeiramente feliz. Um dos três dias melhores do meu ano. Se nestes dias não fizermos um tchim-tchim à sorte que temos, quando haveremos de fazer? 

Parabéns, meu querido filho, e que continue sempre assim, com o sorriso mais bonito e enternecedor que eu conheço. Com o seu bom feitio, o nosso Manel abraça o mundo e dá-nos a volta à cabeça e ao coração em pouco menos de um segundo! 

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