Geral

Obras-Primas

De repente…já não tenho bebés. Ainda tenho fraldas, chupetas, noites mal dormidas e alguns choros atrás. Mas já saio de casa sem pensar em papas, mudas de roupa, o-ós e afins. E um misto de sensações invade o meu coração. A nostalgia de não voltar a ter nenhum recém-nascido nos braços mistura-se com a ânsia de  liberdade e sede de independência. 
Há dias de caos absoluto. Agora que estou muito tempo em casa. sei que não é fácil criar 3 rapazes. Há testosterona a correr em cada canto. Brincadeiras brutas.
Há dias de caos absoluto. Agora que estou muito tempo em casa. sei que não é fácil criar 3 rapazes. Há testosterona a correr em cada canto. Brincadeiras brutas. Armadilhas e lutas. Voos de almofadas. Corridas de carros. Peças de lego abandonadas. Tudo é motivo para perder a paciência. Sempre me imaginei a brincar às bonecas e às casinhas, e não a construir pistas de comboios ou a experimentar truques de magia com materiais duvidosos. Mas agora que estou com o botão em modo BOYS, sei que fui talhada para isto.

Herdei da minha Avó o legado de criar 3 rapazes. E sinto-me plenamente feliz e completa com isso. Na verdade, em pequenina nunca fui de brincar com Barbies. Nenucos o mais possível. Mas também treinava futebol no colégio, e vibrava com os campeonatos de fim de ano. Adorava vestir um bom par de chuteiras com meias pelo joelho. E as coisas não acontecem por acaso. Se calhar não é o meu fado brincar com purpurinas, vernizes ou sapatos de princesa. Isso é mais para mim, enquanto Mulher. Adoro ser a Rainha cá de casa. Sentir-me apaparicada. E se há coisas que os rapazes sabem fazer, é lançar charme para cima das Mães. Dizer que estão bonitas. Que cheiram bem. Que têm um vestido novo. Que mudaram de penteado. São incapazes de criticar ou de apontar o dedo às escolhas da Mãe. A Mãe é universal. Sabe tudo. Tem uma enciclopédia na cabeça. Pós de perlimpimpim. E asas para voar e chegar a todo o lado ao mesmo tempo. As Mães, para os rapazes, são muito mais do que Fadas-Madrinhas. São Super-Mulheres. Heroínas. E as mais belas de todas.

Por isso, quando me perguntam se não tenho pena de não ter tido uma rapariga, eu esqueço toda a felicidade que um laço cor-de-rosa na cabeça me podia dar, e penso no quanto sou feliz no meio dos meus guarda-costas. Ai de quem se aproxime desta Mãe para lhe fazer mal. Rosnam como mais ninguém. São o escudo desta Mãe. E fazem-na sentir verdadeiramente fenomenal.

Mesmo quando se armam em bruta-montes e destroem a casa, basta respirar fundo. Fazer beicinho. E falar-lhes baixinho. Logo se transformam em príncipes encantados. Em cavaleiros bem fadados. E ajudam o palácio real a voltar ao normal: nesta família imperfeitamente perfeita que todos os dias luta para ser mais feliz. E que faz de sua casa o seu refúgio. O seu oásis. O seu canto de inspiração. Nesta Mãe que vive intensamente a sua paixão [e é tão simples ser feliz].

Nos dias de maior tempestade, quando o vento sopra de verdade, e se arma em tufão, fujo de tudo e de todos. Enfio-me no meu casulo. E olho para as fotografias dos homens da minha vida. Aquelas que me dão alento. Que transpiram inspiração. Nem nos meus sonhos mais audazes poderia imaginar a sorte que me foi calhar. Foi sorte, sim. A sorte também comanda a vida. E estou muito grata por se ter lembrado de mim.

São estas as minhas verdadeiras obras-primas. Os meus mais-que-tudo. As minhas razões de viver. Que me ensinaram a saborear o amor mais profundo. O medo mais obscuro, também. Mas, acima de tudo, são a minha ânsia de ser (mais e melhor, a cada dia que passa).

[Qual Mario Testino, qual quê, estas fotografias da Brígida Brito  são talento em estado bruto!]

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De repente…já não tenho bebés. Ainda tenho fraldas, chupetas, noites mal dormidas e alguns choros atrás. Mas já saio de casa sem pensar em papas, mudas de roupa, o-ós e afins. E um misto de sensações invade o meu coração. A nostalgia de não voltar a ter nenhum recém-nascido nos braços mistura-se com a ânsia de  liberdade e sede de independência. 
Há dias de caos absoluto. Agora que estou muito tempo em casa. sei que não é fácil criar 3 rapazes. Há testosterona a correr em cada canto. Brincadeiras brutas.
Há dias de caos absoluto. Agora que estou muito tempo em casa. sei que não é fácil criar 3 rapazes. Há testosterona a correr em cada canto. Brincadeiras brutas. Armadilhas e lutas. Voos de almofadas. Corridas de carros. Peças de lego abandonadas. Tudo é motivo para perder a paciência. Sempre me imaginei a brincar às bonecas e às casinhas, e não a construir pistas de comboios ou a experimentar truques de magia com materiais duvidosos. Mas agora que estou com o botão em modo BOYS, sei que fui talhada para isto.

Herdei da minha Avó o legado de criar 3 rapazes. E sinto-me plenamente feliz e completa com isso. Na verdade, em pequenina nunca fui de brincar com Barbies. Nenucos o mais possível. Mas também treinava futebol no colégio, e vibrava com os campeonatos de fim de ano. Adorava vestir um bom par de chuteiras com meias pelo joelho. E as coisas não acontecem por acaso. Se calhar não é o meu fado brincar com purpurinas, vernizes ou sapatos de princesa. Isso é mais para mim, enquanto Mulher. Adoro ser a Rainha cá de casa. Sentir-me apaparicada. E se há coisas que os rapazes sabem fazer, é lançar charme para cima das Mães. Dizer que estão bonitas. Que cheiram bem. Que têm um vestido novo. Que mudaram de penteado. São incapazes de criticar ou de apontar o dedo às escolhas da Mãe. A Mãe é universal. Sabe tudo. Tem uma enciclopédia na cabeça. Pós de perlimpimpim. E asas para voar e chegar a todo o lado ao mesmo tempo. As Mães, para os rapazes, são muito mais do que Fadas-Madrinhas. São Super-Mulheres. Heroínas. E as mais belas de todas.

Por isso, quando me perguntam se não tenho pena de não ter tido uma rapariga, eu esqueço toda a felicidade que um laço cor-de-rosa na cabeça me podia dar, e penso no quanto sou feliz no meio dos meus guarda-costas. Ai de quem se aproxime desta Mãe para lhe fazer mal. Rosnam como mais ninguém. São o escudo desta Mãe. E fazem-na sentir verdadeiramente fenomenal.

Mesmo quando se armam em bruta-montes e destroem a casa, basta respirar fundo. Fazer beicinho. E falar-lhes baixinho. Logo se transformam em príncipes encantados. Em cavaleiros bem fadados. E ajudam o palácio real a voltar ao normal: nesta família imperfeitamente perfeita que todos os dias luta para ser mais feliz. E que faz de sua casa o seu refúgio. O seu oásis. O seu canto de inspiração. Nesta Mãe que vive intensamente a sua paixão [e é tão simples ser feliz].

Nos dias de maior tempestade, quando o vento sopra de verdade, e se arma em tufão, fujo de tudo e de todos. Enfio-me no meu casulo. E olho para as fotografias dos homens da minha vida. Aquelas que me dão alento. Que transpiram inspiração. Nem nos meus sonhos mais audazes poderia imaginar a sorte que me foi calhar. Foi sorte, sim. A sorte também comanda a vida. E estou muito grata por se ter lembrado de mim.

São estas as minhas verdadeiras obras-primas. Os meus mais-que-tudo. As minhas razões de viver. Que me ensinaram a saborear o amor mais profundo. O medo mais obscuro, também. Mas, acima de tudo, são a minha ânsia de ser (mais e melhor, a cada dia que passa).

[Qual Mario Testino, qual quê, estas fotografias da Brígida Brito  são talento em estado bruto!]

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