Geral

No campo

Há anos que é assim. Desde que me lembro de mim. São dias inteiros em flor. Faça chuva ou faça sol, são tardes, noites e manhãs inteiras em família. Vivemos esta época em grande furor. E temos a sorte de poder passar a Páscoa no campo. Por entre a vinha ainda verde, as laranjas arrancadas das árvores, as mangueiradas e maratonas na piscina nos dias quentes, a salamandra a arder nas noites mais frias. Vivemos rodeados de galinhas, de ovos, de pintainhos e de patos. Ainda me lembro de guardar coelhos nos bolsos, e de passar o dia em cima do tractor. E hoje, vendo os meus filhos, imundos e felizes, a chegar ao fim dia, percebo que são uns bons aprendizes, pois sabem que a vida no campo é uma grande alegria.

A manhã do nosso domingo de Páscoa começa sempre numa grande correria, no alvoroço de querer ver chegar o compasso, bem cedinho. É uma tradição que não se pode dispensar. E que ensina as crianças a pensar. E depois os tapetes de pétalas de flor, o pão-de-ló com o seu vinho do porto, e todo o ritual que acompanha aquela visita tão especial. A minha querida Avó ainda tem um forno de lenha à antiga, em que tudo vem com mais sabor. Sonho todo o ano com aquele almoço, com aquela refeição regada com amor. As conversas infindáveis à mesa, o vinho verde, à boa maneira portuguesa. E depois o leite creme, a mandioca, o arroz doce, e tudo o que queríamos que fosse! 

São dias que não se vão apagar da minha memória, e que gostaria de levar comigo, em toda a minha história [de vida].

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Há anos que é assim. Desde que me lembro de mim. São dias inteiros em flor. Faça chuva ou faça sol, são tardes, noites e manhãs inteiras em família. Vivemos esta época em grande furor. E temos a sorte de poder passar a Páscoa no campo. Por entre a vinha ainda verde, as laranjas arrancadas das árvores, as mangueiradas e maratonas na piscina nos dias quentes, a salamandra a arder nas noites mais frias. Vivemos rodeados de galinhas, de ovos, de pintainhos e de patos. Ainda me lembro de guardar coelhos nos bolsos, e de passar o dia em cima do tractor. E hoje, vendo os meus filhos, imundos e felizes, a chegar ao fim dia, percebo que são uns bons aprendizes, pois sabem que a vida no campo é uma grande alegria.

A manhã do nosso domingo de Páscoa começa sempre numa grande correria, no alvoroço de querer ver chegar o compasso, bem cedinho. É uma tradição que não se pode dispensar. E que ensina as crianças a pensar. E depois os tapetes de pétalas de flor, o pão-de-ló com o seu vinho do porto, e todo o ritual que acompanha aquela visita tão especial. A minha querida Avó ainda tem um forno de lenha à antiga, em que tudo vem com mais sabor. Sonho todo o ano com aquele almoço, com aquela refeição regada com amor. As conversas infindáveis à mesa, o vinho verde, à boa maneira portuguesa. E depois o leite creme, a mandioca, o arroz doce, e tudo o que queríamos que fosse! 

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