Geral

Slow-down

Dizem os entendidos que sou adepta fervorosa do slow-parenting. Confesso que quando o programa Filhos e Cadilhos me fez o convite para falar acerca do tema, foi uma enorme surpresa. Nunca me tinha debruçado sobre o assunto, e se ponho este conceito em prática, é por puro instinto e devoção.

Se os meus filhos só largam a chupeta aos 3 anos e tal, se choram e vão para a cama dos Pais, se falam tarde, se têm mimo (bom) a mais? Se usam fraldas com 2 anos e pico…qual é o problema? Com certeza que não irão para a faculdade de biberon atrás. Todas as crianças são diferentes. Todos as famílias têm os seus próprios timings. E desde que não se exagere nessa tal liberdade de escolha, não vejo motivo para alarme. Acreditem que se é muito mais feliz e bem resolvido com a vida se nos deixarmos de olhar para os outros, para os filhos dos outros, para as famílias dos outros, e comparar com a nossa. Se todos somos diferentes, porque é que os nossos filhos têm de ser iguais? “Ah e tal! O teu filho devia cortar o cabelo, ainda tem cachos de bebé.” Desculpe? Mas porque é que o meu filho, com 2 anos, há-de cortar o cabelo, ainda que seja rapaz, só porque sim? É regra que os rapazes devam usar o cabelo à escovinha? Cá em casa, não obrigada. Os meus filhos usam o cabelo comprido, À tigela, como quiserem. Porque é assim que gostamos mais. “Ah e tal: tu não deixas o teu filho chorar? Olha que chorar faz bem a todos!” Pois muito bem, cá em casa, chorar faz mal a todos, Aos filhos. Aos Pais. E aos irmãos. A não ser que seja por pura birra e castigo, ninguém deixa ninguém a chorar. Ponto final. E com isto não quero dizer que a nossa família é melhor que a vossa. Não aponto nem nunca apontei o dedo a ninguém. Com isto quero dizer que cada um é que sabe de si. Da sua família. Dos seus mais-que-tudo (sempre dentro da normalidade e do equilíbrio, pois claro!)

Por isso, se o meu filho Zé Maria fala pouco, se ainda usa fraldas e chupeta, se quando chora vai para a cama dos Pais, acreditem que não será por isso que se tornará numa criança menos feliz, completa e bem resolvida. Tudo a seu tempo. Tudo a seu ritmo. Tudo nos trinques. Assim é que é.

Deixo, assim, um apelo a todas as Mães que sofrem do mesmo bem, não se iludam, não se deixem intimidar por tudo aquilo que está nos livros, por tudo o que os outros pensam ou arriscam em dizer. Deixem o tempo rolar. Sejam pacientes. Tolerantes. Mas acima de tudo: descompliquem!

S L O W  D O W N

[e, já agora, espreitem a minha visão acerca disto, no programa que vos deixo!]

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Dizem os entendidos que sou adepta fervorosa do slow-parenting. Confesso que quando o programa Filhos e Cadilhos me fez o convite para falar acerca do tema, foi uma enorme surpresa. Nunca me tinha debruçado sobre o assunto, e se ponho este conceito em prática, é por puro instinto e devoção.

Se os meus filhos só largam a chupeta aos 3 anos e tal, se choram e vão para a cama dos Pais, se falam tarde, se têm mimo (bom) a mais? Se usam fraldas com 2 anos e pico…qual é o problema? Com certeza que não irão para a faculdade de biberon atrás. Todas as crianças são diferentes. Todos as famílias têm os seus próprios timings. E desde que não se exagere nessa tal liberdade de escolha, não vejo motivo para alarme. Acreditem que se é muito mais feliz e bem resolvido com a vida se nos deixarmos de olhar para os outros, para os filhos dos outros, para as famílias dos outros, e comparar com a nossa. Se todos somos diferentes, porque é que os nossos filhos têm de ser iguais? “Ah e tal! O teu filho devia cortar o cabelo, ainda tem cachos de bebé.” Desculpe? Mas porque é que o meu filho, com 2 anos, há-de cortar o cabelo, ainda que seja rapaz, só porque sim? É regra que os rapazes devam usar o cabelo à escovinha? Cá em casa, não obrigada. Os meus filhos usam o cabelo comprido, À tigela, como quiserem. Porque é assim que gostamos mais. “Ah e tal: tu não deixas o teu filho chorar? Olha que chorar faz bem a todos!” Pois muito bem, cá em casa, chorar faz mal a todos, Aos filhos. Aos Pais. E aos irmãos. A não ser que seja por pura birra e castigo, ninguém deixa ninguém a chorar. Ponto final. E com isto não quero dizer que a nossa família é melhor que a vossa. Não aponto nem nunca apontei o dedo a ninguém. Com isto quero dizer que cada um é que sabe de si. Da sua família. Dos seus mais-que-tudo (sempre dentro da normalidade e do equilíbrio, pois claro!)

Por isso, se o meu filho Zé Maria fala pouco, se ainda usa fraldas e chupeta, se quando chora vai para a cama dos Pais, acreditem que não será por isso que se tornará numa criança menos feliz, completa e bem resolvida. Tudo a seu tempo. Tudo a seu ritmo. Tudo nos trinques. Assim é que é.

Deixo, assim, um apelo a todas as Mães que sofrem do mesmo bem, não se iludam, não se deixem intimidar por tudo aquilo que está nos livros, por tudo o que os outros pensam ou arriscam em dizer. Deixem o tempo rolar. Sejam pacientes. Tolerantes. Mas acima de tudo: descompliquem!

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