Foi tudo uma bela de uma lição, pois já cheguei a pensar que não havia perdão para não estar todo o dia colada ao meu baby, e afinal o tempo de qualidade com os nossos filhos não é muito melhor quando estamos com eles em casa. É claro que há aquela meia hora deliciosa no parquinho a meio da manhã, aquela sesta invejosa com os babies a seguir ao almoço, mas o regresso a casa de uma Mãe trabalhadora ninguém lhe tira! A felicidade dos piolhos quando ouvem os nossos passos seguidos das chaves a tilintar na porta é o momento alto do dia. Por isso, Mães trabalhadoras que sofrem do síndrome de Mãe ausente, lembrem-se que Mãe ausente é aquela que não ouve os filhos, que não brinca com eles, que não lhes conta uma história, e que por isso não lhes fica na memória (acho que deve ser uma num milhão…). A Mãe trabalhadora até pode não estar todo o dia em casa, mas quando chega, a vontade de aproveitar os momentos perdidos é tanta, que todos os minutos contam. Todos! A paciência ainda está fresca, e a saudade intensa. Não pensem que são piores Mães, porque não são. E se algum dia chegarem mais tarde a casa, paciência, compensam no dia seguinte, ou no fim-de-semana. A vida deve-se viver assim, leve, sem grande espaço para pesos na consciência, para o “se a vida fosse diferente é que era”, porque tudo se resolve.
E se perguntarem aos vossos filhos quem é a Melhor Mãe do Universo, de certeza que eles não vão pensar que a Mãe do amigo xpto é melhor que nós porque não trabalha. Porque essa razão não conta. Não há motivo para sermos desiguais. Cada Mãe é uma Mãe, à sua maneira. Mas todas fazemos os possíveis e os impossíveis pelos nossos filhos. Todas pensamos neles em primeiro lugar. Todas gostamos deles acima de qualquer coisa. Todas queremos o seu melhor. E com mais ou menos tempo disponível, todas somos as Melhores Mães do Mundo!
Hoje deixo-vos com uma fotografia que me enche a alma e o coração, e muita força para continuar naquele projecto muito meu, que amo de paixão e cuja estreia está marcada para amanhã (já!). Porque mesmo que nestes últimos dias tenha andado mais cansada, menos disponível, e mais stressada, tenho a certeza que, para os meus mais-que-tudo, a Mãe continuou a ser a mesma de sempre, e vive por eles maravilhada.
Quando voltar a ter dúvidas, basta voltar a olhar para fotografias como esta!
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