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Titão do nosso coração

É difícil escrever acerca do nosso primeiro filho. Arrebatadoramente difícil. Por muito que tente, não consigo descrever por palavras a sensação que é a de recebermos nos braços um bebé que saiu de dentro de nós. Que faz parte do nosso ser. A sensação de ficarmos ali, a contemplar aquele bebé. Contar-lhe os dedos das mãos e dos pés. Ver cada ruga, cada imperfeiçãozinha daquele nosso eu pequenino tão perfeito. Devia existir uma palavra para isso. Mas a verdade é que não foi inventada. 

Faz 9 anos que aprendi a ser Mãe. O nosso querido Titão demorou 14 horas a nascer, mas chegou bem sereno e ternurento, como se não fosse nada com ele. Foi o primeiro. Foi avassalador. Mais do que isso, até! A família inteira esperava-o no quarto. A esbanjar amor. Lembro-me de pensar: como é que é possível o mundo ser tão perfeito? E o meu mundo tão completo? 

É o filho mais velho com que sempre sonhei: responsável, inteligente, sonhador. Teimoso, também. Mas de uma sensibilidade desenhada com rigor. É o filho que mais me protege. Que mais me defende. É o mais justo. O mais ponderado. Por vezes um pouco ansioso, mas de uma generosidade elevada ao quadrado. 

Ontem foi o seu dia. E, como fazemos sempre: foi o dia em que o Titão escolheu todos os programas. Tirámos a tarde e fomos cumprir os sonhos do Sebastião. Uma visita ao Dragão. Check! Depois um tour fora de série por Serralves. Estava um dia de verão e foi um sonho pedido pelo Sebastião! A exposição da Joana Vasconcelos é de morrer de paixão! Imperdível.

Ao fim do dia, recebemos a família, em pleno. O melhor presente que podemos dar aos nossos filhos é tempo passado em família. Nunca deixámos de convidar os primos, tios, avós e bisavós para celebrar a vida dos nossos filhos. Podemos estar cansados. Exaustos até. Mas a família nunca deixará de aparecer. Disso nunca havemos de fazer fincapé! Um jantar cheio de histórias. Gargalhadas. Convívio entre todos e boas memórias! Todos ajudam à festa. Cada um à sua maneira. Mas não há noite igual a esta!

A noite estava quente e os miúdos jantaram lá fora. Quem diria que em pleno inverno poderíamos festejar ao ar livre! Mas a verdade é que neste inverno, em 3 festas, uma foi almoço no jardim, outra foi lanche no jardim, e outra foi jantar no jardim! Quem disse que as festas de inverno são tristes e sem sabor? Tudo se consegue! Desde que haja imaginação e amor!

E este nosso Sebastião imprime amor em tudo o que faz! Em plena festa de anos, juntou uns quantos euros para poder doar à Terra dos Sonhos, uma instituição que ajuda crianças doentes e institucionalizadas a sonhar mais alto e a acreditar que é possível – agora também no Porto, para onde fui convidada para ser madrinha. Uma honra poder fazer parte dos sonhos destas crianças. 

Foi o dia em que vi o Sebastião mais feliz. Não digo isto por dizer. Estava radiante. Os seus olhos espelhavam um brilho especial. Já tenho um filho crescido. Sinto um orgulho sem igual. Com toda a sua generosidade e sensibilidade, só temos mesmo de limar algumas arestas. Se for mais paciente e menos respondão, terei um cocktail de filho de excepção. E como Mãe de rapazes que sou, tenho o dever de educar os meus filhos para a tolerância. A igualdade. A persistência. A bondade. Acho que estou quase lá!

Ora espreitem só esta festa, digna de Rajá!

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É difícil escrever acerca do nosso primeiro filho. Arrebatadoramente difícil. Por muito que tente, não consigo descrever por palavras a sensação que é a de recebermos nos braços um bebé que saiu de dentro de nós. Que faz parte do nosso ser. A sensação de ficarmos ali, a contemplar aquele bebé. Contar-lhe os dedos das mãos e dos pés. Ver cada ruga, cada imperfeiçãozinha daquele nosso eu pequenino tão perfeito. Devia existir uma palavra para isso. Mas a verdade é que não foi inventada. 

Faz 9 anos que aprendi a ser Mãe. O nosso querido Titão demorou 14 horas a nascer, mas chegou bem sereno e ternurento, como se não fosse nada com ele. Foi o primeiro. Foi avassalador. Mais do que isso, até! A família inteira esperava-o no quarto. A esbanjar amor. Lembro-me de pensar: como é que é possível o mundo ser tão perfeito? E o meu mundo tão completo? 

É o filho mais velho com que sempre sonhei: responsável, inteligente, sonhador. Teimoso, também. Mas de uma sensibilidade desenhada com rigor. É o filho que mais me protege. Que mais me defende. É o mais justo. O mais ponderado. Por vezes um pouco ansioso, mas de uma generosidade elevada ao quadrado. 

Ontem foi o seu dia. E, como fazemos sempre: foi o dia em que o Titão escolheu todos os programas. Tirámos a tarde e fomos cumprir os sonhos do Sebastião. Uma visita ao Dragão. Check! Depois um tour fora de série por Serralves. Estava um dia de verão e foi um sonho pedido pelo Sebastião! A exposição da Joana Vasconcelos é de morrer de paixão! Imperdível.

Ao fim do dia, recebemos a família, em pleno. O melhor presente que podemos dar aos nossos filhos é tempo passado em família. Nunca deixámos de convidar os primos, tios, avós e bisavós para celebrar a vida dos nossos filhos. Podemos estar cansados. Exaustos até. Mas a família nunca deixará de aparecer. Disso nunca havemos de fazer fincapé! Um jantar cheio de histórias. Gargalhadas. Convívio entre todos e boas memórias! Todos ajudam à festa. Cada um à sua maneira. Mas não há noite igual a esta!

A noite estava quente e os miúdos jantaram lá fora. Quem diria que em pleno inverno poderíamos festejar ao ar livre! Mas a verdade é que neste inverno, em 3 festas, uma foi almoço no jardim, outra foi lanche no jardim, e outra foi jantar no jardim! Quem disse que as festas de inverno são tristes e sem sabor? Tudo se consegue! Desde que haja imaginação e amor!

E este nosso Sebastião imprime amor em tudo o que faz! Em plena festa de anos, juntou uns quantos euros para poder doar à Terra dos Sonhos, uma instituição que ajuda crianças doentes e institucionalizadas a sonhar mais alto e a acreditar que é possível – agora também no Porto, para onde fui convidada para ser madrinha. Uma honra poder fazer parte dos sonhos destas crianças. 

Foi o dia em que vi o Sebastião mais feliz. Não digo isto por dizer. Estava radiante. Os seus olhos espelhavam um brilho especial. Já tenho um filho crescido. Sinto um orgulho sem igual. Com toda a sua generosidade e sensibilidade, só temos mesmo de limar algumas arestas. Se for mais paciente e menos respondão, terei um cocktail de filho de excepção. E como Mãe de rapazes que sou, tenho o dever de educar os meus filhos para a tolerância. A igualdade. A persistência. A bondade. Acho que estou quase lá!

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